Os ativos digitais têm, aos poucos, caído no gosto dos brasileiros. Definidos como a “representação digital de valor que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para a realização de pagamentos ou com o propósito de investimento” pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), esses ativos têm se viabilizado como uma alternativa promissora para investidores. Esse é um mercado que abrange criptomoedas como Bitcoin, Etherium e USDT, e é nessa área que atua Igor Santana, head de expansão da OnilX e CEO da Nexseed Investimentos. “O mercado de ativos digitais ainda está no início, mas já se destaca não apenas como uma alternativa de investimento, mas também como uma solução eficiente para pagamentos internacionais. No Brasil, essa tecnologia tem gerado economia e agilidade em operações de importação e exportação”, pondera.

A maior disponibilidade de informações tem colocado os ativos digitais na pauta dos brasileiros. Pesquisa feita Consensys, empresa de Web3 (também conhecida como Web 3.0, e que é baseada na tecnologia blockchain, que incorpora conceitos como descentralização e economia baseada em tokens), divulgada no final de 2024, mostrou que a adoção de criptomoedas no Brasil atingiu 43% dos entrevistados do levantamento na região Nordeste – acima da média mundial, que é de 42%.

“Os ativos digitais estão no centro das discussões globais. Grandes nomes, como Donald Trump, instituições financeiras como J.P. Morgan e BlackRock, e até os bancos brasileiros já oferecem soluções vinculadas a Ethereum e Bitcoin”, analisa Santana.

Mídia impressa

Para quem atua com produtos digitais, a origem de Santana é, no mínimo, curiosa: ele iniciou sua trajetória profissional trabalhando com publicidade impressa, com a revista Destak. “Trabalhei por pouco tempo e me destaquei na área comercial. Em seguida, fui para o Diário do Noroeste, o jornal mais tradicional do Paraná. Depois, voltei para a revista Destak, desta vez como sócio. Após dois anos, decidi empreender e fundei a revista Bon Vivant, onde atuei por sete anos”, conta.

Durante esse período, ao lidar com profissionais liberais e empresários, Santana percebeu uma lacuna no mercado: “Notei que muitos viajavam para São Paulo para treinamentos técnicos, mas retornavam com os mesmos desafios: não sabiam vender seus serviços, estruturar um marketing eficiente ou definir processos internos. Foi quando percebi que poderia atuar estrategicamente em vendas, gestão, marketing e liderança. Comecei a estudar essas áreas e a aplicar esse conhecimento nos clientes da revista. Este se tornou meu diferencial.” Essa abordagem gerava tanto valor que a publicidade na revista se tornava uma consequência natural.

A virada para o digital

O divisor de águas na carreira de Santana foi a pandemia da Covid-19. Com as restrições sanitárias, a circulação da Bon Vivant foi impactada, pois a distribuição acontecia em cerca de 30 municípios da região noroeste do Paraná. “Foi nesse momento que percebi que o mercado estava mudando e que eu precisava me adaptar. Comecei a estudar o digital a fundo e, quando surgiu a oportunidade certa, estava preparado para dar um grande salto.”

Em 2019, Santana se uniu a Fábio Lino, fundador da OnilX, empresa especializada na compra, venda e assessoria de investimentos no mercado de ativos digitais. Na época, o setor ainda era pouco explorado e não havia regulamentação sobre criptomoedas no Brasil. Com um modelo inovador, a OnilX estruturou a primeira assessoria de investimento especializada em cripto no Brasil.

O diferencial do atendimento consultivo

Para Santana, o grande diferencial da OnilX está no atendimento personalizado e estratégico, por meio dos xadvisors (assessores da OnilX). “A informação de qualidade é nosso principal ativo. Com o acesso crescente a conteúdos sobre ativos digitais, nossa responsabilidade também cresce: precisamos oferecer conhecimento confiável e estruturado para que nossos clientes tomem decisões mais assertivas.”

Esse cenário tem atraído investidores de diferentes perfis. Embora seja natural que a Geração Z tenha mais familiaridade com o digital, até investidores mais conservadores estão migrando para ativos digitais. “Temos um cliente que é produtor rural, acostumado a investir em terras e com baixa liquidez. No entanto, ao modernizar sua lavoura e substituir uma equipe de 50 pessoas por um drone, ele percebeu como a tecnologia pode transformar negócios. Foi aí que entendeu que não poderia continuar investindo nos mesmos produtos financeiros de 20 ou 30 anos atrás”, conta Santana.

Além disso, a OnilX também impacta o comércio exterior brasileiro, permitindo que empresas importadoras e exportadoras utilizem ativos digitais como meio de pagamento. “Pagamentos que antes demoravam 15 dias ou mais agora podem ser concluídos no mesmo dia. Isso representa uma revolução na agilidade e eficiência do comércio internacional”, destaca.

História de motivação

Agora, Igor Santana se prepara para lançar um livro que contará sua trajetória, desde sua infância humilde até sua posição no mercado de ativos digitais. “Minha história não é apenas sobre negócios, mas sobre resiliência. Quero que esse livro mostre que, independentemente de onde você começa, com estratégia, estudo e determinação, é possível alcançar grandes conquistas.”

Ele relembra seu início vendendo picolés na rua aos 11 anos para conseguir comprar sua primeira bicicleta. “Aquele menino, que um dia vendeu picolés para realizar um sonho, hoje ajuda empresários e empresas a investirem melhor, constrói grandes negócios e desenvolve projetos inovadores”, finaliza.

Em entrevista ao IstoÉ Sua História, Igor Santana fala um pouco de sua trajetória no mercado de ativos digitais. Confira o papo na íntegra:

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