Quando Richard Clayton decidiu empreender, ele tinha um objetivo em mente: impulsionar o sonho de outras pessoas. Fundador da 30%, uma empresa de gestão de negócios e de assessoria contábil, Richard trabalha há quatro anos oferecendo soluções e estratégias que ajudam empresários com negócios de pequeno e médio porte a manter a evolução do empreendimento no mercado.

Filho de farmacêutico, Richard era apenas uma criança quando a farmácia do pai, localizada em um dos bairros de Belo Horizonte, Minas Gerais, faliu. “Desde que eu me entendo por gente, meu pai sempre foi um homem trabalhador e com um negócio próspero, mas depois de 20 anos o estabelecimento dele quebrou, porque ele era um excelente profissional mas não um bom gestor”, descreve o empresário.

Três anos após o fechamento da farmácia, Richard perdeu o pai para uma doença e passou a enfrentar grandes desafios ao lado da mãe e da irmã. “Na vida nós temos alguns super heróis e o meu maior foi o meu pai. Depois que ele faleceu, passamos a sentir na pele a ausência de uma pessoa que era referência”, diz ele.

A dificuldade financeira dentro de casa levou Richard a procurar por emprego.“Eu só tinha 13 anos, mas tentei encontrar vagas em lugares oportunos. Meu tio, por exemplo, era dono de um pequeno bar na região, no entanto, ele não me deixou ficar lá por motivos óbvios.”

Mas a busca intensa por trabalho acabou quando Richard cruzou o caminho do empresário Charles Mazoni, que ofereceu a ele e a sua família vagas de emprego em um escritório de contabilidade na cidade. “Ele foi um anjo e me deu uma oportunidade. Primeiro ele empregou a minha irmã, depois a minha mãe e por fim eu, aos 13 anos”, afirma Richard.

O início no mercado de contabilidade não foi fácil, mas aos poucos, o empresário foi aprendendo e evoluindo. “Comecei direto no departamento de arquivo, quando ainda se falava em papel, fiquei três meses nessa função até um funcionário do financeiro sair e eu assumi o lugar dele.”

O empresário revela que essa mudança de cargo foi a sua primeira chance profissional na área de contabilidade. “Eu amadureci muito rápido e mesmo que tenha convivido pouco com o meu pai, sempre tive ele como exemplo de trabalho e aos 13 anos senti que poderia viver como ele.”

Com o passar dos anos, Richard assumiu o cargo de gerente do escritório e passou a liderar um time de especialistas. “Eu era um jovem de 18 anos que comandava pessoas muito mais experientes, o que me fez entender que não é na força ou na ignorância que você consegue comandar pessoas”, afirma ele.

Motivos errados para empreender

A experiência como gestor impulsionou Richard a empreender pela primeira vez. A vontade em conduzir o próprio negócio o levou a apostar no mercado de segurança eletrônica. “Com a clareza que eu tenho hoje, sinto que foi mais uma arrogância da minha parte, apesar de ter 18 anos, eu achava que já tinha vivido o mundo e queria muito empreender desde da época que eu era criança e convivia com o meu pai na drogaria”, conta ele.

Mas a falta de conhecimento na área e a instabilidade do mercado levaram Richard à falência em pouco menos de seis meses de empreendimento: “Meu objetivo era de ficar rico e não de ajudar as pessoas, esse foi o meu maior erro no início, o que me gerou uma série de problemas, claro”, conta.

Como consequência, o empresário se endividou e precisou de tempo para se estruturar financeiramente de novo. “Foram quatro anos e meio me organizando e resolvendo tudo o que tinha acontecido depois de criar um propósito distorcido na minha mente sobre empreender”, enfatiza ele.

De volta ao mercado de contabilidade, Richard retornou para o antigo escritório e impulsionou mudanças positivas dentro do ambiente, levando a repartição a avançar na área digital. “O volume de papel que a gente usava era absurdo e os serviços do contador sempre foram muito burocráticos, então depois de viver uma experiência frustrante profissionalmente, a minha mentalidade mudou e eu passei a projetar um trabalho mais tecnológico para o escritório.”

Uma nova fase

A iniciativa rendeu bons resultados e o empresário recebeu um convite para trabalhar em um novo escritório de contabilidade na região, onde ele manteve uma comunicação mais direta com os clientes. “Essa experiência me possibilitou conhecer novos profissionais e a criar outras conexões que me levaram a fechar sociedade com alguns deles. Foi a primeira vez que me senti sendo um empresário de verdade”, relembra ele.

Em uma nova fase, Richard se sentiu confiante de novo para dar mais um passo na carreira: “Eu virei sócio de um amigo e juntos investimos na área da construção civil”. Mas, diferente da primeira vez, a empresa de Richard expandiu muito rápido: “Faltava tempo para realizar a minha função de gestor, porque crescemos mais do que imaginávamos em um curto espaço de tempo”, diz.

Mas o que parecia ser um empreendimento em ascensão levou Richard a encontrar uma nova oportunidade fora do mercado da construção. “Mais uma vez a contabilidade surgiu para me mostrar um caminho. Comecei a perceber que os números que eram apresentados na minha DRE (demonstração do resultado do exercício) eram muito diferentes dos cálculos que eu mesmo fazia sozinho”, conta Richard.

A falta de informações reais influenciou o empresário a montar uma equipe de gestão, um pequeno grupo de profissionais para oferecer soluções assertivas sobre a empresa. “Foi assim que percebi que muitos amigos empresários passavam pela mesma dificuldade que eu, faltava para eles uma visão individualizada do gerenciamento da própria empresa”.

O início da 30% no mercado

Nessa hora, Richard não teve dúvidas e profissionalizou os serviços de gestão de negócios e de assessoria contábil, tirando a empresa 30% do papel: “A iniciativa surgiu muito da minha dor principal, mas também da minha relação com as pessoas e de entender que elas precisavam de um atendimento individualizado e assim eu criei um modelo de negócio.”

Com uma estrutura melhor e uma equipe maior, o empresário afirma que a 30% começou a resolver três problemas comuns no mercado, o primeiro voltado para a segurança do departamento pessoal e na folha de pagamento das empresas, o segundo no setor fiscal e o último na parte financeira das marcas. “A antecipação e a organização de informações podem salvar um negócio”, garante Richard.

Até o ano de 2023, a 30% trabalhava diariamente com o público indicado, ou seja, empresários conhecidos de Richard. Agora, a empresa está expandindo os serviços para novos clientes: “Eu acredito que a relação entre pessoas fortaleceu e vai continuar a fortalecer a 30%, porque o meu objetivo é potencializar os sonhos dos clientes e incentivá-los a alcançá-los, por isso, queremos abrir espaço para novas marcas.”

Com um modelo de negócio estruturado para oferecer assessoria contábil, terceirização de financeiro e opções de cursos e de capacitações aos interessados, a 30% é indicada para empresas de pequeno e médio porte, estabelecimentos que atuam no mercado e em estão em processo de expansão.

Segundo Richard, muitos empreendedores brasileiros ainda empreendem por necessidade e não por oportunidade. “Ao longo desses 2o anos de carreira, pude conversar com muitos empresários e 95% deles começaram a vender para pagar as contas e não conseguiram se preocupar com a gestão”, revela.

Por esse motivo, o empresário busca garantir aos clientes estratégias e soluções baseadas em métricas reais para alavancar os negócios já existentes. “Somos um parceiro, na verdade, que incentiva o empresário a focar no que ele é bom e trabalha para entregar uma visão mais detalhada do que ele não tem muito controle”, afirma Richard.

O empresário ainda define o modelo de atuação da 30% como um ecossistema de forças de trabalho. “Usamos a tecnologia e a contabilidade para provocar o cliente a encontrar maneiras e oportunidades de crescer na área, porque cada empresário sabe o que o seu negócio significa e nós estamos dispostos a ouvi-los e a mostrar indicadores de melhora”.

Próximos passos

A admiração que Richard mantém após a morte do pai o incentiva a empreender com mais segurança e, principalmente, conhecimento. “Hoje eu tenho a clareza que a 30% só surgiu porque o meu pai tem um papel muito importante na minha vida, se a 30% existisse naquela época, talvez a empresa dele não teria quebrado e tudo o que a gente viveu na sequência teria sido diferente”.

Com o foco no futuro, o empresário pretende ampliar o catálogo de serviços da 30% e estuda levar a marca para outros estados do Brasil. “Acredito que é natural que os negócios tenham mais braços de uma única atividade e o reflexo disso é que estamos nos associando com novos parceiros de contabilidade e de consultoria para gerar conexões com outras pessoas.”

Como idealizador e principal nome da marca, Richard entende que o coração de qualquer empresa é a parte das vendas, no entanto, ele acredita que a gestão empresarial impacta diretamente no sucesso dos negócios. “Nós estamos aqui para impulsionar os nossos clientes, essa é a essência que nos move e nos motiva a continuar, a 30% estimula o crescimento e gera ainda mais resultados dentro das empresas”, finaliza o empresário.

Em entrevista ao IstoÉ Sua História, Richard Clayton conta como a relação com pai o influenciou a criar a 30% e porquê os serviços da empresa estão atraindo o interesse do mercado. Confira a conversa completa:

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