Regina Sena é um exemplo de como é possível conciliar duas paixões distintas em uma carreira de sucesso. Como advogada especializada em Direito Empresarial, ela conquistou uma sólida reputação no meio jurídico, atendendo a uma vasta clientela de empresas e ocupando posições de destaque. Paralelamente, a profissional se tornou uma influente figura no mundo da moda em Manaus, onde reside, além de participar de eventos de renome como o São Paulo Fashion Week e administrar o renomado salão de beleza Le Visage.

Regina passou sua infância em Oriximiná, uma cidade de 30 mil habitantes, onde vivia com seus pais e seus quatro irmãos. Na adolescência, com o apoio de seus pais, mudou-se para Belém, no Pará, onde sonhava em ingressar na Universidade Federal do Pará. No entanto, uma transferência de sua mãe, funcionária pública federal, levou a família ao Amazonas. Em Manaus, Regina foi aceita na Universidade Federal do Amazonas, onde cursou Direito.

Mas, antes mesmo de pensar em ser advogada, Regina mostrou um interesse precoce pela moda, inspirada pelas revistas de costura que sua mãe comprava. “Na época saíam revistinhas impressas que vinham com cortes para você aprender a costurar.E minha mãe tinha uma costureira, chamava Joaninha, elas eram super amigas”, diz. Ela conta que queria andar com as roupas da moda quando era jovem e, como não tinha condições de comprar as peças, levava os modelos para serem feitos pela costureira, juntamente com os tecidos. “Minha mãe só podia me dar estudo, saúde, essas coisas essenciais. Então, eu cortava as cortinas dela, cortei uma de seda uma vez. Levei o tecido para fazer uma roupa igual à que vi na revista. Então, eu chegava nas festinhas bem ‘transadinha’”, brinca. 

Essas duas paixões, direito e moda, se tornaram em grandes focos de atuação da profissional, mas, durante a faculdade e ainda após formada, Regina quis se focar unicamente na área do Direito, no qual desenvolveu a fundação de sua carreira. “Durante toda a minha vida eu furei a bolha dos ricos. Na época, só quem era rico que fazia Direito. Sempre foi considerada uma área burguesa. Eu consegui furar essa bolha e entrar. Todo mundo dizia que eu não iria conseguir, porque não tinha poder aquisitivo, não era filha de juiz. Mas eu queria e sabia que ia conseguir. Passei na primeira vez que fiz o exame da OAB. E, na época, era muito difícil, era feita pela Fundação Cesp, era mais difícil do que é hoje, o nível de reprovação era altíssimo”, explica.

Regina venceu as adversidades e conseguiu estabelecer uma sólida carreira. Ela foi nomeada assessora de uma juíza e, posteriormente, tornou-se a primeira mulher a compor o Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas, onde atuou como procuradora por oito anos. Atuou na Defensoria Pública do Amazonas, e em departamentos policiais, como o 8º DP, 9º DP e o 6º DP, todos da região. A profissional reforça que sua ascensão foi possível, além do seu esforço e do apoio incondicional de seus pais, por conta também do suporte que recebeu do marido, Rodolfo Almeida. “Ele me apoiou em tudo que fiz, foi uma peça fundamental na construção da minha carreira”, comenta. 

Com a solidez de sua reputação, Regina decidiu abrir seu próprio escritório de advocacia, especializando-se em Direito Empresarial. Sua expertise atraiu uma clientela de empresas, consolidando sua reputação no meio jurídico. “Me especializei em Direito Empresarial. Hoje, atendo mais CNPJs, mais empresas. Também fiz uma especialização em Brasília, no STJ (Superior Tribunal de Justiça)”, conta. 

Recentemente, a advogada chamou seu irmão, Sandro Sena, ainda no começo de sua carreira, para ser seu sócio no escritório, onde ambos atuam, porém em departamentos distintos. “Eu sou diligente, vou para audiências, mexo nos processos, movimento, sou de campo mesmo. Ele gosta mais de peticionar, esse tipo de coisa”, explica Regina. O escritório tem clientes de renome, como Wanderley Andrade, cantor e compositor brasileiro de brega pop, que tem larga base de fãs no norte do País. 

Conexão com moda e beleza

Apesar da extensa carreira e experiência, a paixão de Regina pela moda nunca desapareceu. “Segui minha vida como advogada. Hoje, tudo que tenho, o que me deu foi a advocacia. E foi nesse meio, de assessoria empresarial, que conheci a pessoa que levaria para o mundo da moda”, explica. Durante um evento em Manaus, conheceu o estilista Walério Araújo, que a introduziu ao mundo da moda em São Paulo. 

Com Walério, Regina participou de eventos de destaque como o São Paulo Fashion Week e o Baile da Vogue, e entrou para o círculo social de pessoas como a chef Janaína Rueda, Kika Sato (mãe da apresentadora Sabrina Sato), os atores Thiago Adorno e Cassio Scapin. Com a ajuda dos novos aliados, Regina consolidou sua presença nas redes sociais, tornando-se uma influenciadora nos segmentos de moda e beleza. “Eles falaram para mim: ‘Regina, você leva jeito para influência, você fala muito, é despojada, podia entrar nessa área. Então faço várias coisas aqui em Manaus, publicidade de lojas, de amigas, e isso impulsionou meu Instagram”, explica.

Com o segmento se estabelecendo ainda mais em sua vida, Regina quis entrar de cabeça em um novo negócio no setor. Em 2020, adquiriu e reformou um salão de beleza em Manaus, renomeado como Le Visage. “Na pandemia, a área de advocacia ficou muito difícil para nós, porque todos os tribunais fecharam, foi bem complicado. Então, eu quis investir o dinheiro que guardei nesse novo negócio”, revela. Com uma equipe de 15 funcionários, o salão rapidamente se estabeleceu como um centro de estética de referência no mercado. Com o sucesso do negócio, Regina pretende crescer ainda mais. “Quero abrir outras duas unidades até 2025”, revela.

A empresária reforça tudo que foi necessário para chegar até onde chegou. “Todo o tempo estamos evoluindo, aprendendo. São muitos desafios”, conta. “Administrar um salão de beleza é totalmente diferente de administrar um escritório de advocacia”, explica. Sobre a vida de empreendedor e quem pensa em ingressá-la, Regina aconselha: “Acredite! E tenha coragem, no mundo em que estamos, é preciso ter coragem. Se você não meter cara, não vai conseguir. É coragem, perseverança e fé. É clichê, como todo mundo diz, mas é o que é”, afirma. 

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