Especializada em promover roteiros turísticos únicos, a Poltrona 1 é pioneira ao atuar no segmento de franquia no setor já há 30 anos. Foi naquela época em que o engenheiro Oldemar Teixeira, que já havia deixado a área e se dedicado a atuar como representante comercial, se interessou pelo meio turístico, após ter feito uma viagem à Europa, em 1990. “Ao chegar ao Brasil, vi um anúncio em um jornal que oferecia a oportunidade de participar da primeira franquia de turismo do país, a Poltrona 1. Fui o terceiro franqueado da marca. Aí veio o Plano Collor, o franqueador quebrou, e eu comprei a marca”, conta. Naquela ocasião, ele tinha uma loja na região central de Curitiba, no Paraná. 

Teixeira já tinha naquela época a percepção de que ser apenas um vendedor de passagens aéreas não era muito promissor. Foi então que veio o estalo: fretar aeronaves para fazer voos panorâmicos. “Inicialmente usava um monomotor de quatro lugares, mas isso não era suficiente. Logo estava fretando um jato. Apresentei à TAM a ideia de fretar o avião que era então tido como o melhor do mercado, o Fokker 100”, afirma, lembrando que isso se deu em um momento em que ele não era conhecido no mercado, e nem sequer era cadastrado na TAM como operador turístico. “Eu só tinha a ideia. E eles aceitaram. Foi assim que começou a nossa história; fretamos o Fokker 100 por quatro anos, fazendo voos em Curitiba, São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza e Porto Alegre. O projeto foi um sucesso, e a Poltrona 1 passou a ser reconhecida no mercado como uma franqueadora bem-sucedida”, avalia.

Nessa época a Poltrona 1 tinha uma iniciativa chamada Voo Verde, na qual promovia voos sobre o litoral brasileiro, abordando temas ecológicos e a necessidade de preservação do meio ambiente.  Contudo, a iniciativa foi interrompida pela queda de um Fokker 100 da TAM em São Paulo, em outubro de 1997. “Nós utilizamos aquela mesma aeronave 15 dias antes, em um voo corporativo a Porto Alegre”, relembra.

Com as mudanças que a TAM promoveu em sua malha aérea no final da década de 1990, Teixeira decidiu contratar uma consultoria de franchising para dar forma a uma ideia nova, que se tornaria lugar-comum décadas depois: o home office. “Tive essa ideia de atuar nesse modelo, sem instalações físicas. Esse regime de trabalho, que se tornaria vital mais tarde, durante a pandemia da Covid-19, foi criado pela Poltrona 1 entre 1996 e 1997.

A “síndrome dos anos redondos”

Teixeira conta que o primeiro baque da Poltrona 1 aconteceu em 2000, quando a empresa enfrentou uma crise gerada pela falta de pagamento dos franqueados e das empresas, da qual a empresa levaria cinco anos para se recuperar. Em 1990 ele já havia passado por um momento desafiador, ao dar crédito a um franqueado. Em 2000 foi possível evitar a quebra graças a entrada de uma sócia – que se tornaria sua esposa. 

Vinda da área bancária, Rosângela Siqueira conta que não tinha experiência em turismo, mas reconheceu o potencial do negócio e decidiu investir na Poltrona 1. “Eu queria ter mais liberdade do que eu tinha trabalhando em um banco; queria ter um horário flexível e poder viajar. Entrei como sócia, e hoje somos casados”, afirma.

Superado o que Teixeira chama de o “segundo ano redondo” de desafios na Poltrona 1, a empresa entrou em uma nova fase, recuperando-se da crise de crédito anterior e voltando a crescer no mercado. Mas 2010 se aproximava – e, com ele, uma nova crise, acarretada por fatores externos. “Em paralelo à atividade no turismo, tenho formação musical, estudei violão clássico; sempre fui ligado ao universo musical. Eu e Rosângela nos encantamos pelo tango argentino, e veio a ideia de realizar um grande evento do gênero. Fizemos uma edição em 2005, e a outra em 2010. Só que esta última foi um desastre financeiro, porque tive de mudar o nome do evento – e perdi todos os patrocinadores! Eu trouxe do setor de eventos um prejuízo que acabou se refletindo na atividade turística da Poltrona 1, confirmando novamente a ‘síndrome dos anos redondos’”, afirma.

Assim como na crise anterior, foram necessários mais cinco anos de recuperação, e uma decisão tomada por volta de 2015 foi crucial para evitar que a próxima crise fosse fatal. “Decidimos eliminar toda a nossa estrutura física. Afinal, se defendíamos que nossos franqueados trabalhassem em regime de home office, porque não estender a ideia para nossas atividades? E criamos a ideia da célula operacional – o que se tornou mais natural com a proliferação de empresas no regime MEI. Assim, a terceirização tornou-se mais presente. No Paraná temos uma assessoria jurídica em Curitiba e um contador em Pato Branco; em São Paulo, temos um marketing digital em Pirassununga e um web designer em Tupã. Com isso, foi possível enfrentar o desafio da pandemia da Covid-19 em outro ano redondo, 2020.”

Turismo com propósito

Emergindo da pandemia mais forte, a Poltrona 1 criou um novo projeto, por meio do qual promove o acesso a experiências únicas: o Viagens com Sentido. “Após a pandemia, as pessoas passaram a valorizar mais viagens que tenham sentido; que não estejam interessadas em preços baixos, mas em ter experiências inesquecíveis. Esse é o nosso foco. Somos fornecedores diretos de roteiros criados por nós em várias partes do mundo. Um exemplo é nosso roteiro Mil Noites em Sete para Marrocos, que possibilita aos viajantes dormirem nas tendas do deserto do Saara, e aprendem como se faz a tradicional pizza dos povos berberes, que é assada embaixo das areias do deserto do Saara, e o cuscuz marroquino, e andam de camelo ao pôr do sol, entre outras experiências únicas.” 

Outros roteiros únicos oferecidos pela Poltrona 1 incluem o Cinquenta Tons de Malte, que envolve a visita a cidades famosas por suas cervejas, da Holanda à República Tcheca; o Sob o Sol da Toscana, na Itália; e o De Volta às Cavernas, que promove a visita às cavernas da Capadócia, na Turquia, onde viviam os primeiros cristãos. “

Ao lado do Viagens com Sentido, a Poltrona 1 também está colocando em prática um programa de cashback, o Poltrona Plus, por meio do qual o que os turistas consumirem em lojas ou restaurantes parceiros é gratuito durante a viagem: “É um ganha-ganha, que beneficia o estabelecimento parceiro e o viajante – que fica fidelizado conosco”.

Paz no futebol

Em março de 2024, a empresa inaugurou um novo produto, que busca promover a paz nos estádios de futebol: o Faça Gol, Não Faça Guerra. “A inspiração para este projeto veio de uma iniciativa do Athletico, que cedeu um camarote para um torcedor do Coritiba que é deficiente.  Isso mostra que é possível você juntar facções diferentes, com ideologias diferentes, até políticas, desde que tenha uma cultura de entender o outro.  Estamos em uma época que prega o respeito à diversidade de cores, de raças… porque não de torcidas? Então, o Faça Gol, Não Faça Guerra reúne torcidas de futebol de diferentes times, que terão a oportunidade de fazer juntas uma visita completa a quatro estádios na Europa. Esse produto foi criado para promover a paz entre as torcidas. O próprio contrato estabelece que não podem haver brigas”, explica.

Em entrevista ao IstoÉ – Sua História, Oldemar Teixeira e Rosângela Siqueira compartilham a trajetória da Poltrona 1. Confira o papo na íntegra:

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